Os U2 pela bandeira da sustentabilidade
O tema da sustentabilidade na arquitectura, que se encontra neste momento tão na moda é o exemplo cabal do efeito da massificação de conceitos e ideais com princípios nobres e da deturpação e banalização que sofrem ao abrigo dos interesses financeiros.
Pretendo com esta afirmação abordar em particular um de vários exemplos de edifícios que são erguidos protegidos por esses princípios e por esses chavões como sejam ecologia, sustentabilidade e energia e que por responderem aos temas em voga se esquecem de ser Arquitectura.
Estou a falar de um edifício de 32 andares a ser construído em Dublin promovido pela mais famosa banda irlandesa – U2. Liderados por um senhor chamado Bono que aparentemente se preocupa imenso com problemas de países em crise, guerra e agora sustentabilidade, pretendem construir no casco histórico da cidade, mais precisamente nas Docklands, área em reabilitação, um edifício que integre um mega estúdio de gravação, apartamentos de luxo, 34 habitações sociais e um eco-hotel de cinco estrelas. Ah! E tudo isto sustentável…
Para resolver este programa o edifício já teve 60 andares e está neste momento reduzido para 34. No entanto para minimizar o impacto, inclui painéis solares e turbinas eólicas gigantescas, que funcionam por cima dos estúdios de gravação. Esperemos que a imagem de marca do som do estúdio não seja o ruído produzido pelas turbinas.
Para todo este investimento os edifícios existentes na área de implantação serão integralmente destruídos, marcando a propostas uma posição “leve” na paisagem da cidade, que afirmam os autores ser a imagem da nova Irlanda. Parece que afinal a sustentabilidade se torna às vezes insustentável, e fica a esperança que estes princípios altruístas não camuflem interesses egoístas que geram verdadeiras barbaridades.
Pretendo com esta afirmação abordar em particular um de vários exemplos de edifícios que são erguidos protegidos por esses princípios e por esses chavões como sejam ecologia, sustentabilidade e energia e que por responderem aos temas em voga se esquecem de ser Arquitectura.
Estou a falar de um edifício de 32 andares a ser construído em Dublin promovido pela mais famosa banda irlandesa – U2. Liderados por um senhor chamado Bono que aparentemente se preocupa imenso com problemas de países em crise, guerra e agora sustentabilidade, pretendem construir no casco histórico da cidade, mais precisamente nas Docklands, área em reabilitação, um edifício que integre um mega estúdio de gravação, apartamentos de luxo, 34 habitações sociais e um eco-hotel de cinco estrelas. Ah! E tudo isto sustentável…
Para resolver este programa o edifício já teve 60 andares e está neste momento reduzido para 34. No entanto para minimizar o impacto, inclui painéis solares e turbinas eólicas gigantescas, que funcionam por cima dos estúdios de gravação. Esperemos que a imagem de marca do som do estúdio não seja o ruído produzido pelas turbinas.
Para todo este investimento os edifícios existentes na área de implantação serão integralmente destruídos, marcando a propostas uma posição “leve” na paisagem da cidade, que afirmam os autores ser a imagem da nova Irlanda. Parece que afinal a sustentabilidade se torna às vezes insustentável, e fica a esperança que estes princípios altruístas não camuflem interesses egoístas que geram verdadeiras barbaridades.
Pedro Santiago
Para mais informações sobre o tema:
http://www.telegraph.co.uk/news/main.jhtml?xml=/news/2007/10/13/nu2113.xml
http://news.sky.com/skynews/article/0,,30100-1290655,00.html
http://www.dublindocklands.ie/index.jsp?1nID=93&2nID=94&nID=105&aID=337
http://archives.tcm.ie/businesspost/2007/09/23/story26843.asp