A Eco-Arquitectura segundo o Arquitecto Luís Pinto de Faria
Fosse dirigida ao progresso e à produtividade, fosse numa linha de continuidade concentrada em objectivos humanistas, foi neste contexto que a então recente disciplina do Urbanismo, imbuída já no espírito da ciência moderna, procurou equacionar o rápido crescimento dos grandes centros urbanos, a reestruturação dos sistemas produtivos, o aperfeiçoamento dos meios de comunicação, bem como os novos modelos económicos associados à recente industrialização, enquanto factores determinantes à emergência de um novo modo de pensar e fazer cidade.
Suportados na lógica mecanicista e no pensamento linear matemático da cultura analítica pós-industrial, a arquitectura e o urbanismo empenharam-se desde então na apresentação de novos modelos de acção sobre o território que, estruturados numa perspectiva reducionista da realidade, constituíram o arquétipo racionalista do grosso da produção urbana do século XX.
Contudo, após a Segunda Guerra Mundial, o desapontamento generalizado com a máquina, com a tecnologia ou com o saber doutrinário, desencadeou um clima cultural no qual se reordenaram pontos de vista éticos e estéticos, aliados a uma nova concepção do indivíduo e da sociedade. Como refere Ignasi de Solà-Morales, os novos termos da linguagem do Existencialismo, como «humanismo», «emoção», «crescimento espiritual», «autêntico» e «válido», aparecem então na cena da arquitectura e do urbanismo, acrescentando ao debate modernista novos níveis de complexidade relacional que não mais pararam de se intensificar. (…)”
(O artigo completo pode ser lido na última edição da revista Arq/a.)