Fernando Lanhas conversa sobre a sua arquitectura com Paulo Alexandre Santos (ex-aluno UFP)
Fernando Lanhas conversa sobre a sua arquitectura com Paulo Alexandre Santos
Clube Literário do Porto, Dia 20 | Domingo, 16h00
Fernando Lanhas: o arquitecto
Fernando Lanhas: o arquitecto
“O meu primeiro encontro com Fernando Lanhas aconteceu em 2004 numa exposição que ele próprio organizou sob o tema a vida e o mundo. Mais tarde, em 2007, houve um novo encontro na sequência de uma entrevista estruturada na disciplina Seminário I sob o tema a participação pública.
Antes de entrevistá-lo havia um ligeiro conhecimento sobre o seu currículo, mas não, por exemplo, que fora um dos elementos constituintes da ODAM (Organização dos Arquitectos Modernos do Porto), ou o pioneiro do abstraccionismo geométrico em Portugal. Durante a referida entrevista, o arquitecto Fernando Lanhas divagou sobre o tema numa dimensão quase filosófica, dimensão essa que pouco herdava do racionalismo puro apesar de serem evidentes os preceitos do Modernismo ao longo do seu discurso, e talvez tenha sido essa a razão, pela qual, em nenhum momento da entrevista houve uma sensação anacrónica, tal era a contemporaneidade do seu discurso.
Depois de uma pesquisa bibliográfica concluiu-se que a sua vida e obra já estavam bastante documentadas e que o seu percurso está enquadrado e referenciado nos momentos históricos mais relevantes da arquitectura moderna e das artes plásticas em Portugal. Contudo, não existia, ainda, nenhum estudo sistemático à sua obra de arquitectura. A sua obra mais publicada está associada ao seu percurso nas ciências, e consiste na criação de espaços museológicos ou de exposição. Além disso, o seu edifício habitacional mais conhecido, no n.º 190 da Avenida Sidónio Pais no Porto, não consta normalmente nos guias de arquitectura moderna, o que induz, erradamente, à conclusão de que a sua obra arquitectónica é quase inexistente. Pelo que, passou a ser obrigatório reunir uma amostra relevante da sua obra arquitectónica.
Conhecer Fernando Lanhas pessoalmente foi uma experiência rara e intemporal.”
Antes de entrevistá-lo havia um ligeiro conhecimento sobre o seu currículo, mas não, por exemplo, que fora um dos elementos constituintes da ODAM (Organização dos Arquitectos Modernos do Porto), ou o pioneiro do abstraccionismo geométrico em Portugal. Durante a referida entrevista, o arquitecto Fernando Lanhas divagou sobre o tema numa dimensão quase filosófica, dimensão essa que pouco herdava do racionalismo puro apesar de serem evidentes os preceitos do Modernismo ao longo do seu discurso, e talvez tenha sido essa a razão, pela qual, em nenhum momento da entrevista houve uma sensação anacrónica, tal era a contemporaneidade do seu discurso.
Depois de uma pesquisa bibliográfica concluiu-se que a sua vida e obra já estavam bastante documentadas e que o seu percurso está enquadrado e referenciado nos momentos históricos mais relevantes da arquitectura moderna e das artes plásticas em Portugal. Contudo, não existia, ainda, nenhum estudo sistemático à sua obra de arquitectura. A sua obra mais publicada está associada ao seu percurso nas ciências, e consiste na criação de espaços museológicos ou de exposição. Além disso, o seu edifício habitacional mais conhecido, no n.º 190 da Avenida Sidónio Pais no Porto, não consta normalmente nos guias de arquitectura moderna, o que induz, erradamente, à conclusão de que a sua obra arquitectónica é quase inexistente. Pelo que, passou a ser obrigatório reunir uma amostra relevante da sua obra arquitectónica.
Conhecer Fernando Lanhas pessoalmente foi uma experiência rara e intemporal.”
Paulo Alexandre Santos, autor da monografia «Fernando Lanhas: o arquitecto»
Clube Literário do Porto
Rua Nova da Alfândega, n.º 22
4050-430 Porto
T. 222 089 228
Fax. 222 089 230
Email: clubeliterario@fla.pt
URL: www.clubeliterariodoporto.co.pt
Estive lá com uns amigos.
Antes de começar a entrevista, o arquitecto Paulo Alexandre fez uma breve apresentação das obras de Fernando Lanhas.
Pessoalmente desconhecia a sua obra e muito menos o seu lado científico, pois com a entrevista apercebi-me que nutre uma paixão pela astronomia, área essa que provavelmente o influenciou na pintura também.
É realmente de lamentar que algumas de suas obras não conste nos guias de arquitetura moderna.
Olá Simone
Desculpe só agora responder ao seu comentário. Afazeres vários levaram a uma menor atenção ao espaço do “arquitectura” e acabei por qme esquecer do seu comentário. Na realidade é pena que alguns vultos da nossa cidade, como é o caso presente do arquitecto Fernando Lanhas não tenham o reconhecimento e acarinhamento devido. De qualquer forma saliente-se o esforço e o mérito de ser um ex-aluno da UFP em divulgar a obra e o carácter deste grande arquitecto. Obrigado pelo seu comentário e até breve.